Três colheitas de grãos recordes na história gaúcha foram a face mais visível da política agrícola implantada pelo governo Tarso Genro. Único estado a criar um Plano Safra regional, em integração com o nacional, o Rio Grande do Sul também encaminhou a solução do problema da estiagem na lavoura, com cerca de 300 mil hectares de área irrigada.

O governo ainda recuperou e modernizou mais de 250 inspetorias veterinárias em todo Estado, após 40 anos de abandono. As informações são do titular da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Cláudio Fioreze, em entrevista de balanço à Rádio Piratini.

“Podemos dividir nosso trabalho em três grandes partes. A primeira é a recuperação da estrutura e das funções públicas da secretaria e das suas vinculadas. A segunda foi a organização das principais cadeias produtivas do Estado, tanto na produção animal quanto vegetal. E a terceira realização foram os programas de fomento, que vão desde a correção do solo, a irrigação até a secagem e armazenagem dos produtos, além das agroindústrias”, sintetiza Fioreze.

Sobre a questão da irrigação – após muitos anos de safras frustradas e perdidas – o secretário afirma: “Através de ações muito contundentes, conseguimos em três anos triplicar a área irrigada do Estado, que até 2011 era de apenas 100 mil hectares”.

Entre outras iniciativas, o titular da Seapa cita também a criação do Instituto Gaúcho do Leite e do Ibramate. Lamenta apenas que, apesar do esforço do governo, não foi possível avançar na questão da carne, com a implantação da rastreabilidade, para abrir novos mercados ao rebanho gaúcho: “Houve certa resistência por parte de algumas lideranças mais conservadoras”, diz Fioreze.

Mas ele lembra que as bases estão lançadas, e cita a importância do Plano Decenal da Agropecuária do RS, elaborado pelas câmaras setoriais com a coordenação da Seapa. “O mais importante”, sintetiza, “foi a retomada do protagonismo da Secretaria da Agricultura como indutora das políticas públicas para este setor tão importante para a nossa economia”.

Texto: José Antônio Silva
Edição: Redação Secom